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Intertextualidade
Para saber mais, acesse:http://www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/
Amor é Fogo
que Arde sem se ver
Luís de Camões
Amor é fogo
que arde sem se ver;
É ferida que
dói e não se sente;
É um
contentamento descontente;
É dor que
desatina sem doer.
É um não
querer mais que bem querer;
É um andar
solitário entre a gente;
É nunca
contentar-se de contente;
É um cuidar
que se ganha em se perder.
É querer
estar preso por vontade
É servir a
quem vence o vencedor,
É ter com
quem nos mata lealdade.
Mas como
causar pode seu favor
Nos corações
humanos amizade;
Se tão
contrário a si é o mesmo amor?
Monte Castelo
Legião
Urbana
Ainda que eu
falasse
A língua dos
homens
E falasse a
língua dos anjos,
Sem amor eu
nada seria.
É só o amor!
É só o amor
Que conhece
o que é verdade.
O amor é
bom, não quer o mal,
Não sente
inveja ou se envaidece.
O amor é o
fogo que arde sem se ver;
É ferida que
dói e não se sente;
É um
contentamento descontente;
É dor que
desatina sem doer.
Ainda que eu
falasse
A língua dos
homens
E falasse a
língua dos anjos
Sem amor eu
nada seria.
É um não
querer mais que bem querer;
É solitário
andar por entre a gente;
É um não
contentar-se de contente;
É cuidar que
se ganha em se perder.
É um
estar-se preso por vontade;
É servir a
quem vence, o vencedor;
É um ter com
quem nos mata a lealdade.
Tão
contrário a si é o mesmo amor.
Estou
acordado e todos dormem.
Todos
dormem. Todos dormem.
Agora vejo
em parte,
Excelência da Caridade
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
se não tiver amor, seria como o bronze que soa ou como o sino que re tine.
Mesmo que eu tivesse o dom da profecia,
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé,
a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, não sou nada. Ainda que
distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse
o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada valeria.
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O
amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus
próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a
injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta.
O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom
das línguas cessará, o dom da ciência findará. A nossa ciência é parcial, a
nossa profecia é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito
desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança,
raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de
criança. Hoje vemos como que por um espelho, confusamente: mas então veremos
face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu
sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, os
três. Porém, o maior deles é o amor”.
( Bíblia_Primeira Epístola aos Coríntios_Capítulo
13_P.1477)
BALADA DO AMOR ATRAVÉS DAS IDADES
Carlos Drummond de Andrade
Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana, mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei,brigamos, morremos.
Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.
Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.
Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.(...)
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