As Mãos do Meu Pai
"As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...
Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...
Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.
E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma"...
(Mario Quintana)
Lindo amiga!!!
ResponderExcluirQuerida Odete!
ResponderExcluirSe me permite partilhar,
Também sinto as mãos do meu pai, sapateiro, artesão.
As mãos do meu pai ainda me acalmando nas horas de aflição
Afagando-me em meus sonhos conturbados,
Aquecendo-me nos longos dias de tempestade, com navio à deriva
Indicando-me o caminho quando o labirinto torna-se espinhoso e repleto de serpentes.
Ele ainda ESTÁ - ele ainda É, e diuturnamente torna suave e terno meu coração
Com sua ALMA ILUMINADA...
E não raras vezes me surpreendo em paz, feliz e resplandecente
Dando graças a DEUS por tê-lo tornado ETERNO!
É... os pais são assim!
Odete, admiro seu trabalho como profissional altamente qualificada, amo você como amiga e fico muito feliz com o carinho, atenção e respeito que tem por seus alunos, ou melhor, nossos queridos alunos.
Obrigada,
Isaura.
Obrigada, Isaurinha! O que você escreveu é puro sentimento, carinho e poesia!
ResponderExcluirBeijos