Millena Caroline de Lima Oliveira - 9° B
Tudo começou em um dia como todos os outros.
Era sábado, dia doze de maio de 1990. Fui chamado para uma festa na casa de um
amigo, que morava no Centro da grande São Paulo. Eu estava ansioso para a
festa, foi nesse dia que minha vida mudou.
Chegando lá, me deparei com muitos
amigos que estavam bebendo e usando drogas, achei interessante e resolvi experimentar.
A sensação inicial causada pela droga, foi maravilhosa, mas só naquele momento!
Depois desse dia nunca mais parei.
A cada dia mudava mais meu
comportamento, me tornei agressivo e
necessitava da droga a todo momento. Meus pais demoraram para descobrir. Só perceberam
quando começaram a "desaparecer" objetos de valor em casa, para eles
foi um choque, uma imensa decepção e angústia. Para mim, foi o pior dia da minha vida!
Tentaram me internar em várias clínicas de
reabilitação, mas não havia nada que eles pudessem fazer, estava completamente
dominado pelo vício.
Todos se afastaram de mim, meus
amigos, pessoas conhecidas, e o que foi mais difícil de acreditar: minha família também! Eu
e meus pais vivíamos em meio a brigas, até que resolvi sair de casa.
Fui
para a “Cracolândia”, já me encontrava em um estado lastimável, havia dois anos
que convivia com o vício. Chegando lá já estava sobre efeito de drogas, caí e
desmaiei. Acordei no outro dia já eufórico, não tinha dinheiro. Como
sustentaria o meu vício? Foi a partir daí que eu comecei a fazer assaltos,
praticava os delitos em bando e depois dividia os objetos e o dinheiro com os
demais.
Ali
fiquei por mais dois anos, dormindo no chão, com fome e com saudade da minha
família, tinha me tornado uma pessoa horrível! Só me toquei da gravidade dos meus atos,
quando vi uma cachorra e seus filhotinhos. Ela estava magra e mal conseguia
alimentá-los, mas mesmo assim, com todas as dificuldades, tentava tratá-los da
melhor maneira possível. Sentei com eles sobre meu colo e chorei, como nunca
antes. Parei e pensei, como poderia ter trocado o amor de minha família, o
conforto e atenção, só para sustentar um
vício que me fazia mal?!
Resolvi voltar para casa, levei-os
junto comigo.
Chegando em minha rua, ninguém me reconheceu,
pois estava com cabelos grandes e barba longa. Bati na porta e meu pai atendeu.
Apesar da aparência me reconheceu na hora! Ele me deu um abraço emocionado, me
largou e me deu a pior notícia: Minha mãe havia falecido! Aquele acontecimento
foi um baque para mim, chorei por horas. A notícia me trouxe arrependimento de
tudo o que eu havia feito de errado em minha vida. Mas lembrei do que minha mãe
dizia: "Bola pra frente, sempre estarei com você”!
Fiz um tratamento, não foi fácil,
passei por altos e baixos, recaídas e muitas dificuldades! Mas me livrei das
drogas e da minha angústia, hoje vivo feliz com a minha família, tenho eternas
lembranças de minha mãe. Sabendo que ela estará sempre comigo, vivo em constante
vigília para não cair de novo na mesma armadilha. Não suportaria desapontá-la
novamente!

Parabéns Millena! Continue Assim! Abraço da prof. Raquel
ResponderExcluirObrigado Professora Raquel , fico muito feliz quando meus textos são postados aqui no blog !! :D
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